Começam a proliferar no país cursos que ensinam as melhores formas de fazer dinheiro render. Com a crise, as salas de aula ficaram cheias
As aulas de educação financeira, novidade em escolas particulares brasileiras, tornaram-se fonte de diverção para crianças. Aos 8 anos elas começam a ser apresentados ao básico do mercado financeiro. Brincam de apostar dinheiro (de mentira) nos mais variados fundos e, num linguajar simples, recebem explicações sobre a crise financeira mundial.
Foi a pedido dos próprios pais que algumas escolas decidiram, de três anos para cá, incluir a matéria no currículo. A preocupação númeor 1 era que desenvolvessem certo senso de responsabilidade em relação ao dinheiro. A outra dizia respeito à necessidade de “alfabetização financeira” num momento histórico em que o mercado de investimentos brasileiro se consolida.
Nos ultimos meses de 2008, com a crise global instalada, alguns pais sentiram a necessidade desse conhecimento para seus filhos, e a procura nas escolas subiu 20%.
São ao todo 500 cursos de educação fincanceira no país. Eles acontecem em escolas, faculdades, corretoras e na própria Bovespa. Há versões enxutas, nas quais os alunos procuram absorver em um dia os conceitos do mercado financeiro, ou cursos de uma semana. O objetivo principal dos cursos é atrair novos investidores.
Quem mais se matricula são jovens entre 20 e 35 anos, 70% deles homens, a metade com algum dinheiro já acumulado - mas sem experiência na bolsa. Um dos tipos mais comuns em sala de aula é o recém-formado que sonha abrir o próprio negócio. Em 1980 eram 15% dos jovens brasileiros. Hoje, eles representam 35%.
Outro impulso para os cursos de finanças vem de uma mudança de hábito dos jovens brasileiros: eles estão mais econômicos – e com mais dinheiro para investir. O instituto de pesquisa Quorum, que fez um levantamento sobre o assunto, descubriu que, entre todas as faixas estárias, é na juventude que mais gente no Brasil costuma poupar. Quase 40% das pessoas de 18 a 25 anos têm hoje alguma economia (é o dobro do restante da população).
Ocorre hoje no Brasil o mesmo que se passou nos Estados Unidos três décadas atrás. A proliferação dos cursos sobre finanças tem, afinal, relação direta com a consolidação da própria bolsa e com a estabilidade da economia depois de um período inflacionário. Até meados dos anos 90, a poupança, que empregava índices de correção monetária, rendia três vezes mais que a bolsa de valores. Desde então, a situação se inverteu. Mesmo com a crise, que derrubou em mais de 40% o Índice Bovespa em 2008, a bolsa foi a melhor opção de investimento nos últimos anos: uma carteira composta exclusivamente de papéis das empresas mais sólidas da bolsa, tais como Petrobras e Vale, rendeu mais que a poupança.
As aulas de educação financeira, novidade em escolas particulares brasileiras, tornaram-se fonte de diverção para crianças. Aos 8 anos elas começam a ser apresentados ao básico do mercado financeiro. Brincam de apostar dinheiro (de mentira) nos mais variados fundos e, num linguajar simples, recebem explicações sobre a crise financeira mundial.
Foi a pedido dos próprios pais que algumas escolas decidiram, de três anos para cá, incluir a matéria no currículo. A preocupação númeor 1 era que desenvolvessem certo senso de responsabilidade em relação ao dinheiro. A outra dizia respeito à necessidade de “alfabetização financeira” num momento histórico em que o mercado de investimentos brasileiro se consolida.
Nos ultimos meses de 2008, com a crise global instalada, alguns pais sentiram a necessidade desse conhecimento para seus filhos, e a procura nas escolas subiu 20%.
São ao todo 500 cursos de educação fincanceira no país. Eles acontecem em escolas, faculdades, corretoras e na própria Bovespa. Há versões enxutas, nas quais os alunos procuram absorver em um dia os conceitos do mercado financeiro, ou cursos de uma semana. O objetivo principal dos cursos é atrair novos investidores.
Quem mais se matricula são jovens entre 20 e 35 anos, 70% deles homens, a metade com algum dinheiro já acumulado - mas sem experiência na bolsa. Um dos tipos mais comuns em sala de aula é o recém-formado que sonha abrir o próprio negócio. Em 1980 eram 15% dos jovens brasileiros. Hoje, eles representam 35%.
Outro impulso para os cursos de finanças vem de uma mudança de hábito dos jovens brasileiros: eles estão mais econômicos – e com mais dinheiro para investir. O instituto de pesquisa Quorum, que fez um levantamento sobre o assunto, descubriu que, entre todas as faixas estárias, é na juventude que mais gente no Brasil costuma poupar. Quase 40% das pessoas de 18 a 25 anos têm hoje alguma economia (é o dobro do restante da população).
Ocorre hoje no Brasil o mesmo que se passou nos Estados Unidos três décadas atrás. A proliferação dos cursos sobre finanças tem, afinal, relação direta com a consolidação da própria bolsa e com a estabilidade da economia depois de um período inflacionário. Até meados dos anos 90, a poupança, que empregava índices de correção monetária, rendia três vezes mais que a bolsa de valores. Desde então, a situação se inverteu. Mesmo com a crise, que derrubou em mais de 40% o Índice Bovespa em 2008, a bolsa foi a melhor opção de investimento nos últimos anos: uma carteira composta exclusivamente de papéis das empresas mais sólidas da bolsa, tais como Petrobras e Vale, rendeu mais que a poupança.